Simplificando
A simplificação da vida a que cheguei
permite-me não precisar
de mais do que dois pares de calças.
A simplificação da vida a que cheguei
permite-me compreender
que somos seres tão complexos
que ainda é uma sorte estarmos vivos.
A simplificação da vida a que cheguei
permite-me aceitar
que de tão avançada que vai a vida
olho para as minhas coisas
como se já não fossem minhas.
A simplificação da vida a que cheguei
permite-me acreditar
que há um sol a cada esquina
e que podemos cantar em vez de gritar.
Mas,
nesta quietude
também se morre do coração.
Resta-nos o encantamento
de assomarmos à janela e ver
que há sexos de mulher voando como borboletas.
Simplificando:
ResponderEliminarGostei do poema e da imagem 🦋
Assomei à janela e ver
Que há sexos de homem rastejando como caracóis 🐌
Gostei muito do final do seu comentário. A conjugação das duas imagens deixa-me imaginar um cenário fantástico.
EliminarA simplificação é uma miragem
ResponderEliminarTao difícil de alcançar
Tentamos ou iludimo-nos que tentamos.
EliminarMais simples do que isso __
ResponderEliminare coisa de grande valor
__que faria a Mafalda
delirar
seria a piquena vir à janela
e ver o CEGONHO
a VOAR... 🧐
Também gostei do seu comentário. Afinal estes textos provocam a criatividade dos leitores, é estimulante para mim.
EliminarObrigado.
E já vi o vídeo.
EliminarPode até ser estimulante para si, mas não se deixe entusiasmar com estas gracinhas para não cair na vulgaridade.
EliminarIsso do sexo das mulheres não deve ser tratado de ânimo tão leve...Sinceramente, não gostei nem um pouco do final que escolheu para este seu texto.
Fique bem.
Não me parece desprovido de beleza dada a comparação com as borboletas, acho até uma imagem original, nada tem a ver com vulgaridade.
EliminarFique bem
Ás vezes, complicamos de mais as coisas. Devemos ser tão leves e transparentes como as borboletas, voar ao Sol...
ResponderEliminarObrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Muito obrigado pelo seu comentário e pela apreciação, completou o meu pensamento.
EliminarUm abraço, saúde.
Gostei muitíssimo, tanto do poema como da aguarela, mas... essa simplicidade que, efectivamente, nos chega ao final de muitas décadas de vida, vem acompanhada de algumas contradições e, a mim, faz-me precisar de toneladas de roupa usada até ao fio, para não congelar...
ResponderEliminarAbraço grande, L.
Acho que isso é comum a muitos de nós. A poesia é a poesia, uma forma de dizer coisas.
EliminarAgradeço muito a sua opinião.
Um abraço.
Gosto do poema e da aguarela. Original o fim do poema, mostrando a contradição sempre latente entre a realidade e a imaginação.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana
Valorizei o seu comentário, bem observado. Agradeço e envio-lhe um abraço.
EliminarGostei da aguarela e da «leveza» do poema com um fim desconcertante.
ResponderEliminarDeixemos esvoaçar as borboletas, de dia ao sol, à noite sob a luz fraca de um candeeiro de rua.
Se à poesia tudo é permitido, permita-se!
Beijo Luis, e um poético fim-de-semana.
Muito compensador este seu comentário pela aceitação dessa liberdade que nos leva a imaginar situações absurdas, a realidade aqui pouco importa.
EliminarUm abraço, um bom fim de semana. Saúde.
Este tiempo de encerramiento, nos ha enseñado que podemos prescindir de muchas cosas.
ResponderEliminarBesos
Estamos más contenidos con nuestros gastos,
Eliminaresto es beneficioso para nuestros presupuestos familiares.
Un abrazo.
A simplificação da vida é algo que nos facilita a existência, mas também se pode morrer de monotonia.
ResponderEliminara minha imaginação foi á janela e eu, voei em tons de azul...
Um abraço
Gostei do seu comentário, sobretudo do final. Muito Obrigado.
EliminarUm abraço.
A simplificação da vida a que cheguei
ResponderEliminarpermite-me concluir
que ela é mais complicada
que aquilo que eu pensava
Sobra-me a imaginação à janela
onde a esperada borboleta
ainda não passa
de larva
A Primavera está a chegar. Verás as borboletas.
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