Súbito momento


Era noite

a última noite, 

a rosa azul tinha desaparecido. 


Madrid amanheceu

encoberta

contrariando os deuses Meteo. 

Proust na minha mão esquerda

o revólver entre as costas e o cinto

espero

o encontro no jardim de sempre.




25 comentários:

  1. Anotações culturais e de vivência em linhas de poder

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  2. E valerá a penar ir em busca do tempo perdido?
    Bem, se o protagonista deste pequeno conto levasse, em vez de Proust, um saco de cimento na mão... eu diria que iria fazer betão armado! 😆

    Gostei da "rosa azul", ainda cheira a tinta fresca!
    (^^)

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    1. Curioso o seu comentário com um toque de humor. Obrigado.
      Um abraço.

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    2. Poema onde cabe muito com poucas palavras.
      Num momento súbito, ouço o tiro que mata Proust.
      O revólver calibre literatura cai no jardim de sempre.

      Também eu gosto da „rosa azul“, embora já não cheire tanto a tinta fresca.

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    3. Ficou muito bem o jogo que fez com as palavras.

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  3. CONSEGUI LÊ-LO, PALVRA A PALAVRA, MAS CREIO QUE ME NÃO SOBRAM OLHOD PARA O CPMENTAR DECENTEMENTE...

    GOSTEI DO WUE VI E DO WUE LI.

    FORTE ABRAÇO, L.

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    1. ESCREVO TAMBÉM EM MAIÚSCULAS PARA PODER LER. PERCEBI TUDO O QUE ESCREVEU.
      FICO RECONHECIDO PELO ESFORÇO QUE FEZ PARA ME DAR ATENÇÃO.
      AS MELHORAS, UM ABRAÇO.

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  4. Nesta segunda Acta, em que fica registado mais um «Súbito Momento»,
    nem os Deuses que controlam o tempo souberam desvendar o segredo místico
    que envolve o olho rubro - de lince - dessa Rosa da cor do Céu, haste feita de Esperança que, mau grado seu,
    não recua nem avança...por ser feita de bonança? Não! Passividade, somente.

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    1. Muito belo o seu comentário. Eu próprio que escrevi o texto não sei bem se houve passividade naquele encontro, já que havia uma arma escondida.
      Saúdo esta sua primeira visita. Até à próxima.

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    2. "Arma" não implica que seja uma peça mortífera.
      Sabemos que todos os poetas possuem a sua arma secreta, metaforicamente falando.
      Em poesia a arma pode ser interpretada como charme, glamour, encanto...

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    3. Tomo em conta o seu esclarecimento, que agradeço.

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  5. E "Proust" está tudo dito, ;)

    Cumprimentos.

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  6. Dzięki za współczucie. Uścisk.
    Tłumaczenie Google

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  7. No es la única vez que se equivocan en la predicción del tiempo.

    Besos

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    1. Es cierto, dicen que llueve y hace sol o viceversa. Un abrazo.

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  8. Quem vai para um encontro com uma arma no cinto? E com um livro do Proust? Deixe-me adivinhar, havia uma catedral no jardim?
    Gosto imenso da flor. Azul é a minha cor.
    Abraço e saúde

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    1. Não tive conhecimento da existência de uma catedral no jardim, nem o que se passou no encontro.
      Viva o azul.
      Saúde, um abraço.

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  9. Em Madrid encontrar-me com alguém ou no Real Jardim Botânico ou nos Jardins de Sabatini, Dos que vi e também só vi mais um ou dois, foram aqueles que me impressionaram mais, principalmente o Real Jardim Botânico.
    Talvez levasse a pistola se soubesse que tinham roubado a rosa azul !

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  10. O desaparecimento de uma rosa tão rara, é motivo suficiente para esse súbito, duelo.
    Espero ter saído vencedor :)

    Um abraço

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  11. Credo!
    Mas o roubo da rosa azul rara, não é motivo para sair por aí armado.
    Dizia um pintor conhecido, fiquei muito contente quando vendi o meu primeiro quadro, mas o meu maior prazer foi quando me roubaram o primeiro.
    Esqueci quem foi o Pintor mas, adorei e entendi-o muito bem.
    Por isso deixe para lá a violência e vá lá fazer uma cópia da rosa azul sff.
    Beijinhos
    ;)

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    1. Também já ouvi essa história e também já roubaram um quadro meu de uma exposição colectiva. Achei graça ao seu comentário.
      Um abraço.

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