Poema do fim de tarde
Concebo-te
com o sabor de um fruto exótico
como me sugere
esta luz de fim de tarde.
Fim de tarde quase perfeito
como se essa perfeição pudesse
anular as marcas na minha memória
desse sabor exótico.
Fim de tarde quase perfeito
como se essa perfeição pudesse
anular o pânico
do limitado uso do meu corpo.
Fim de tarde quase perfeito
apesar das marcas
apesar do pânico
que acalma a rebelião contra o imobilismo.
Que preço tem deixar morrer a poesia?
Por isso continuo a conceber-te
com o sabor de um fruto exótico
no fim de tarde.
Pendant bem conseguido, a foto é inspiradora e o texto é profundo.
ResponderEliminarFalta completar para fazer um trio, o tema "Estrela da Tarde", pelo qual tenho uma paixão assolapada.
Tudo de bom
(^^)
Obrigado pelo simpático comentário.
EliminarUm abraço
Fim de tarde e a teimosia da paixão renova-se.
ResponderEliminare fica tudo 'quase perfeito'
A poesia concebida tem sabores exóticos como um fim de tarde merece.
Gosto muito!
Obrigado pela sua visita e pelo comentário. Fico contente por a publicação ser do seu agrado.
EliminarBoa Noite.
A “negatividade” da sua poesia tem diminuído nos últimos poemas.
ResponderEliminar“Poema do fim de tarde” tem o sabor de um fruto exótico.
Na fotografia vejo personagens em busca de autor.
São dias, uns mais positivos, outros não. Na imagem encontram-se desconhecidos.
EliminarEncontrei na „negatividade“ da poesia do poeta a mesma „negatividade“ na poesia de Paul Celan.
EliminarConfesso que os últimos poemas também foram muito por mim apreciados.
Compreendi que as personagens à procura de autor, eram desconhecidos da fotógrafa.
Dia feliz, comendo frutas vermelhas e exóticas.
Sou sensível à comparação que faz com Paul Celan, receio até tropeçar num momento de vaidade.
EliminarEu sabia da sua compreensão sobre quem eram as personagens mas, achei que ficava bem dizer "encontram-se desconhecidos".
Dia feliz também para si.
Gostei do poder do início do poema
ResponderEliminarAbrangente
É apenas um momento. Obrigado
EliminarEspelho-me inteira neste seu Poema do Fim de Tarde, L.
ResponderEliminarQue preço tem deixar morrer a poesia? Não há preço para ela... nem a garantia da ausência de dor física. Nada, absolutamente nada a não ser a minha crescente incapacidade visual e motora e a morte, essa que para todos nós virá, me fariam deixar morrer a poesia.
Forte abraço!
Não tem preço deixar morrer a poesia como não tem preço deixá-la sobreviver. Para nós, o preço, é continuar a viver à sua custa.
EliminarUm abraço.
A fotografia captada ao fim da tarde, faz uma união (quase perfeita) com o "Poema do fim de Tarde".
ResponderEliminarPode orgulhar-se o autor pela concepção do que concebeu...(sim, há aqui pleonasmo, mas propositado)
Em minha opinião, o 'quase' impeditivo da total perfeição, não está no poema perfeito, e sim, no senão desses vultos que roubaram todo o protagonismo ao Mar e ao Sol e aos belos reflexos prateados...que pena!
Bom dia!
Ah...e que nunca se deixe morrer a Poesia, o preço a pagar seria demasiado alto e doloroso.
VIVA A POESIA!
Agradeço a simpatia das suas palavras e estou muito de acordo consigo quanto à imagem mas, ainda assim, achei que valia a pena publicar esta com estes "desconhecidos" que também celebram o fim de tarde.
EliminarApoio o seu VIVA.
Obrigado, Bom Dia.
Claro que valeu a pena, TUDO vale sempre a pena.
EliminarNão pretendi, de modo algum, tirar o mérito à fotógrafa, longe de mim. Como deve calcular manifestei somente a minha discutível opinião. Provavelmente haverá quem considere os vultos desses «desconhecidos», uma mais-valia. Isso se a pretensão fosse a celebração do fim da tarde, talvez.
Desculpe se continuo a melindar a sua susceptibilidade, mas não é, nem nunca foi, essa a minha intenção.
Apenas comentar com honestidade e sinceridade.
Registo e agradeço.
EliminarContinue, concebendo poesia !
ResponderEliminarSem ela, esse fim da tarde, era somente, uma bela fotografia.
Um abraço.
Agradeço o comentário elogioso.
EliminarUm abraço.
Sabes que la perfección no existe y de ahí que te expreses repitiendo en varias ocasiones la expresión "casi perfecta"
ResponderEliminarBesos
Muy bien observado al leer el texto. Agradezco la atención con la que lees mis publicaciones. Un abrazo.
EliminarGosto da fotografia. Gosto do poema. Não sei o preço que tem deixar morrer a poesia. Talvez seja comparável ao preço de deixar de ver os sol. Afinal um dá vida e aquece o corpo a outra alimenta a alma.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Obrigado pelo comentário, gostei da forma como valorizou a poesia.
EliminarÉ compensador que tenha gostado da publicação.
Saúde e um abraço.