Foto do autor do texto
As opções do poeta
O poeta perdeu a credibilidade
de tanto insistir em estar sozinho.
Ele tem as suas preferências
quanto a estabelecer relações
prefere gorilas,
chimpanzés
e papagaios
o poeta reconhece esta impossibilidade.
Então
acolhe-se ao canto da sua sala
onde tem um arco-íris
e toma uma chávena de chá
de camomila e canela.
O poeta
ergue-se todos os dias pacificamente.
Que o poeta se erga todos os dias pacificamente já é positivo.
ResponderEliminarA fotografia é deveras interessante __ penso que é uma fotografia manipulada.
PS: fiquei triste com a derrota da Dinamarca.
Também lamentei a derrota.
EliminarA foto é real, sem manipulação.
Eu queria dizer que já é algo positivo que o poeta se erga pacificamente todos os dias.
EliminarCompreendo a insistênsia do poeta em estar sozinho.
A SOLIDÃO é a verdadeira fonte de criatividade e não a curiosidade.
Pensei que fosse uma fotografia manipulada, porque parece mais uma pintura do que uma fotografia.
Compreendi melhor agora o sentido do seu comentário.
EliminarA foto é de uma casa abandonada onde já cresce vegetação no telhado.
A solidão está em todo o lado. Por isso é necessária. Quase inevitável
ResponderEliminarConcordo, encontramo-nos sozinhos muitas vezes.
EliminarOs poetas não precisam, nem querem, credibilidade.
ResponderEliminarEles sabem que nós sabemos que são fingidores.
Neste caso concreto, é tão evidente que o poeta mente...ou melhor, desculpa a sua solidão dizendo preferir o que não prefere.
( Só se fosse o papagaio. Fala, mas só o que ouve)
Este poeta, como qualquer poeta, tem o seu próprio arco-íris mesmo em dias sem chuva, por isso se levanta em paz e, também, porque se deitou em pé-de-guerra. Não literalmente, óbvio. :)
A foto, de uma casa exposta ao sol ardente, dá-nos a dimensão das opções do poeta: A Luz e a Sombra, sempre juntas e indissociáveis...
A sombra, reflectida na parede e persiana da janela, parece-me a ramagem de um 'chorão'. Conhece essa árvore de ramos pendentes?
Um abraço.
Que o seu dia seja muito bom, de preferência sem macacada!
Os seus comentários são sempre muito completos e analisam em pormenor o sentido dos textos, para o autor são até, por vezes, uma descoberta do que deixou escrito.
EliminarA janela da foto está emparedada mas pintada por cima dos tijolos, é uma casa abandonada, como vai havendo muito. Sim, sei o que é um Chorão mas acho que as sombras são de plantas selvagens.
Veremos como corre o dia, macacada há quase todos os dias basta ver as notícias.
Muito Obrigado, um abraço.
"Quanto mais lido com as «pessoas» mais gosto dos animais ! A escrita e a leitura são, na realidade, um bom refúgio !
ResponderEliminarÉ essa a ideia. Obrigado.
EliminarSe eu fosse poeta
ResponderEliminarerguer-me-ia todos os dias
com o grito na voz
Não é preciso ser poeta para acordar com um grito na voz.
EliminarHay personas, que merecen estar en tu vida, por ser excelentes personas. No se trata de tener un gran número de amigos, se trata de rodearte de amigos fieles y de buenas cualidades humanas. Con tan sólo estar rodeados de unos cuantos de ellos, siempre tendrás un buen apoyo en ellos...hay personas que merecen la pena llegar a conocer.
ResponderEliminarBesos
Estoy de acuerdo en que hay gente que vale la pena conocer. Un abrazo.
EliminarApreciando o valor da sua própria companhia, sem amarras de nenhuma espécie, o poeta percorre livremente os jardins dos sentimentos.
ResponderEliminarA foto é muito bela, uma casa abandonada com a vegetação a nascer no telhado destruído pelo tempo. Imagem de um mundo que partiu e no entanto a vida resplandece nos escombros que as ervas vão invadindo.
Gostei muito do poema e da foto
Saúdo a sua visita e gostei do seu comentário, aguardo novas visitas e o enriquecimento para este blog que serão os escritos que aqui deixar. Muito Obrigado.
EliminarGostei bastante deste poema.
ResponderEliminarEspero que não me leve a mal, mas aqui deixo um, que dediquei também aos Poetas, em geral.
A quietude das águas
O poeta chegou em Março, com o frio e a neve ainda no sangue.
Pediram-lhe que falasse da quietude das águas. Ele sorriu, porque sabia que do sossego nada sabia. Nele, só existiam inquietações e tormentas.
O poeta olhou o céu e sentiu frio. Foi nessa altura que se olhou, já de pé, num banco de pedra. E falou do choro dos outros.
Alguns repararam que o poeta estava completamente nu.
©Piedade Araújo Sol 2009-03-17
Abraço
:)
Gostei muito do seu poema, que agradeço, é muito inspirador e da família do que aqui publiquei.
EliminarUm