Elas são o rosto das mulheres
Elas aceitam a sua missão fundamental
aceitam a dor
elas são eternas como a vida
dolorosa
inquietante
esgotante
elas são a mão providencial
sempre com um sorriso
ou uma lágrima por vezes invisível ___
___ íntima
elas oferecem-nos um peito fecundo
à medida da nossa boca iniciada
a boca que um dia lhes dirá adeus
que confirmará a dor perpétua
porque o amor também é dor.
Quando as recordamos encontramos
em cada lugar de nós uma criança
que elas chamam por nomes carinhosos
que inventaram.
Para a minha mãe invento eu o nome
que poderá ser Ana.
“Elas são o rosto das mulheres”
ResponderEliminarPenso que se refere às MÃES.
Estou demasiado cansada para compreender o poema.
A imagem é surreal — gosto.
Às mães, sim. Voltará amanhã com menos cansaço.
EliminarEssa lua, aqui, é cheia
ResponderEliminare ilumina
um frágil abacateiro...
Quanto a nomes carinhosos
A minha mãe, Maria
respondia, ela olhava
quando era chamada
Avó Mimi
Cada um tem a lua que merece. Certos nomes carinhosos guardamos só para nós.
EliminarClaro que compreendi a mensagem do poema, só que estava demasiado cansada para polemizar.
ResponderEliminarNem todas as mulheres || mães aceitam a dor.
A missão fundamental da mulher é saber exatamente o que quer e lutar para a realização dos seus desejos e ideiais.
Eu sei que o poema foi escrito como homenagem à mãe do poeta, alargando-o para todas as mães.
Aceito a visão do poeta sobre o tema maternidade, embora continue irritada com a conotação quase religiosa da missão da mãe.
Estou de acordo consigo. Este texto é dedicado à minha filha.
EliminarEstou francamente surpreendida que o poema seja dedicado à sua filha.
EliminarA visão da maternidade aqui exposta é da época da sua mãe, digo eu.
Pensei que ANA era o nome da sua mãe, daí ter dado à sua filha o mesmo nome.
Summa summarum: embora antiquada uma visão interessante sobre o tema com um desfecho surpresa.
As mulheres são a cola que nos mantém unidos
EliminarUm comentário curioso que, de certo modo, responde à Teresa.
EliminarO sentir das mães de hoje, não conheço, mas como tudo o mais, as novas gerações fazem diferente... nem sempre para melhor.
Fiquei um bom tempo com os olhos colados, primeiro à colagem, depois ao fabuloso poema...
ResponderEliminarSei que me não vou referir ao verdadeiro sujeito desta publicação/homenagem, mas... vejo árvores.
Também elas são mães que, há uns dois ou três bilhões de anos, brotaram e começaram a preparar as condições ideais para a eclosão dos nossos primeiros antepassados do reino animal.
A Evolução é, para mim, o mais belo dos poemas, L. Talvez seja ela a minha Musa. Nunca o saberei, mas a dúvida é o mais forte dos meus motores, disso estou segura.
Peço desculpa por ter feito uma interpretação tão pessoal daquilo que por si foi tão magnificamente criado, L.
Forte abraço!
Os seus comentários são sempre bem vindos e retenho as suas referências, nada para desculpar, é um enriquecimento.
EliminarUm abraço, bom domingo.
Suavidade, ternura e beleza, é o que vejo nesta encantadora publicação de hoje.
ResponderEliminarTambém a minha Mãe se chamava Ana, e Ana, é o nome da minha Filha.
Um abraço.
Ana é um nome de que gosto. A publicação de hoje foi do seu agrado, a mensagem passou.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço.
E eu, que já fui filha bebé, criança, menina e mulher, sempre desejei ser " o rosto das Mães " e, agora, como mãe e avó, olho para o desenho e revejo-me nele, mas, mais importante que isso, penso na minha e em todas as outras; vejo as MÃES e não as simples parideiras ( há muitas, infelizmente ) como troncos que suportam um mundo, não aquele mundo inteiro de que tanto se fala, mas o mundo da familia que nem sempre entende que elas também têm, nos ombros, o seu próprio mundo interior, com as suas inquietações, as suas perguntas sem respostas, os seus sonhos pessoais. O céu de uma mãe nem sempre tem estrelas, e as nuvens, por vezes são muito escuras, carregadas, prontas a descarregarem a sua " fúria " sobre terra, mas, isso elas escondem só para elas...ninguém nota. Com o passar dos anos, talvez só quando nos tornamos mães, é que conseguimos reparar no olhar das nossas, sem brilho e vazio que contrasta com o sorriso sempre presente no rosto, sorriso esse que tentam, a todo o custo, ver estampado no semblante dos seus filhos. Podes crer, Amigo, que só há alguns anos me apercebi do tanto que a minha mãe lutou pelo bem - estar dos filhos e que nem sempre o sorriso dos seus lábios reflectia o turbilhão de preocupações que lhe ia na alma. Penso, no entanto, que ainda fui a tempo de a entender melhor e de lhe proporcionar um fim de vida sereno, mostrando-lhe assim, o meu reconhecimento pelos sorrisos que me proporcionou, pelos afagos e, principalmente, pela luta diária para que os filhos tivessem o conforto que ela não teve, numa época em que a pobreza imperava nas aldeias deste nosso Portugal. E a ti, Amigo, agradeço esta homenagem que, incentivada pelo teu poema, fiz à minha querida Mãe que nos deixou há um ano. Obrigada! Um beijinho e votos de saúde. Que a vida te permita dias serenos, sempre com amor e carinho à tua volta.
ResponderEliminarEmilia 🙏 ♥️
Profundo e completo este seu comentário, não ficou nada por dizer e concordo com tudo. Só investidos da responsabilidade de sermos pai e mãe, e com o decorrer do tempo, vamos compreendendo a missão dos nossos pais, por vezes actuaram de maneiras diferentes das nossas mas os objectivos eram nobres.
EliminarAgradeço a gentileza dos seus votos, curvo-me à memória da sua mãe que partiu há tão pouco tempo. Envio-lhe um abraço.
Mães, sempre permanecem por perto, são feitas de eternidade.
ResponderEliminarUma semana feliz
As mães são mães até ficarmos sem elas.
EliminarBoa semana, um abraço.
Ser mãe é mais que dar à luz. Há mães que não deram à luz, mas que o são e há mães que deram à luz mas que não são mães. Tento ser uma boa mãe todos os dias, mas mais do que isso, educar os meus filhos para saber estar neste mundo, e serem seres humanos equilibrados. Uma curiosidade, como filha do autor, sou mãe de gémeos tal como foi a minha avó, mãe de gémeas. Tenho a certeza que foram mais os desafios da minha avó noutros tempos, do que os meus hoje em dia. De qualquer forma, a dedicação para o criar e educar é intemporal.
ResponderEliminarUm poema muito terno. Tive mãe e pai até à poucos anos. Mas vou confessar-lhe uma coisa. Sempre considerei o meu pai mais mãe que a minha mãe. Não que ela fosse uma má mãe, coitada a vida não lhe ensinou a ser diferente. Não é o caso da mãe que o poema descreve.
ResponderEliminarBom, parabéns à Ana. Ter filhos gémeos deve ser maravilhoso.
Abraço, saúde e uma boa semana
Todos nós temos recordações boas e más dos nossos pais, cada um com as suas.
EliminarÉ bom ter filhos gémeos, mas com estes dois e um mais velho já são três... uma canseira.
Saúde e um abraço para si.
As mães são eternas... e as filhas poderão vir a ser mães... e o ciclo reinicia-se!
ResponderEliminarUm abraço e tudo de bom
(^^)
Exactamente o que mostra esta publicação.
EliminarUm abraço também.
Uma publicação ternurenta com sabor a mel.
ResponderEliminarLembrou-me o meu pai docinho... e a minha mãe mais dada ao sal. Acontece!
E porque de Anas se trata, tenho uma irmã Ana, e uma filha SusAna.
Beijos Luis, Para si, filha e netos.
(Desculpe Luis, hoje não estou bem.)
Apesar disso fez-me uma visita, agradeço. Que tudo corra bem é o que desejo.
EliminarUm abraço.
Curiosa a sua definição de "mel e sal" com que definiu os seus pais. Fico satisfeito por ter gostado da publicação.
EliminarUm abraço.