Eu vi
eu amei
tu sabes
Já lá vão cinquenta anos
por muito que hoje negues
sei que penduravas
o teu sexo no estendal.
Espreitavas à janela
quando a tua rua
era o único caminho ___
___ nunca ouvi a tua voz
nunca alcancei a tua mão
mas foste minha amante
na festa da minha juventude.
Já lá vão cinquenta anos
por muito que hoje eu negue
sabes que vi o teu sexo
pendurado no estendal.
Esta declaração poética a puxar para o erotismo, declamada pela voz pausada de João Villaret,
ResponderEliminardeveria produzir o mesmo efeito que teve em mim, há cinquenta anos, aqueles versos que nunca mais irei esquecer:
Ó minha descaradona
Tira a roupa da janela
Que essa camisa sem dona
Lembra-me a dona, sem ela
Nunca mais pendurei a minha roupa interior no estendal. Até hoje...
A aguarela é de uma suavidade tal que ameniza a dureza das palavras.
Bela postagem!!
Um abraço, boa noite.
Situação comprometedora, inocente mas a estimular os olhares.
EliminarObrigado pela visita imediata.
Boa Noite, um abraço.
nunca ouviste sua voz
Eliminarnunca alcançaste a sua mão
mas foi tua amante
na festa da tua juventude.
Que importa o que viste no estendal?
O que vi no estendal foi o que originou essa festa.
EliminarA “diferença entre passado, presente e futuro é apenas uma persistente ilusão” disse o criador da Teoria da Relatividade.
ResponderEliminarEu digo simplesmente que o sexo que penduro no estendal tem a cor azul.
Desculpem a intromissão, mas a quadra lá em cima tem um piadão.
Uma persistente ilusão, será "relativamente" ao lugar onde estamos colocados.
EliminarTambém achei muita piada à quadra.
O amor tem tantas formas
ResponderEliminarE nem sempre a forma que gostaríamos que tivesse.
EliminarHan pasado muchos años y lo recuerdas como si fuera ayer.
ResponderEliminarBesos
Hay ciertas cosas para las que el tiempo no cuenta. Un abrazo.
EliminarBelos, poema e festiva aguarela.
ResponderEliminarApaixonei-me aos catorze anos " d`un coup d`oeil" e foi essa a única vez que me apaixonei a sério... nesse sentido e para a vida toda, claro. Compreendo, no entanto. Compreendo.
Forte abraço, L.
Muito tocante a forma do seu comentário, entendi.
EliminarUm abraço.
Gostei do poema e da aguarela. Tal como a Maria João só me apaixonei uma vez, há quase 60 anos e para a vida toda.
ResponderEliminarAbraço, saúde e feliz Novembro
Felizes os que vivem uma única paixão e para sempre, não é para todos.
EliminarSaúde, um abraço.