Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Fico no cais
Vejo em mim a indefinição da paisagem
os telhados escuros,
as chaminés fumegantes
uma paisagem não repetível
nesta janela em mim
em que poderias assomar.
Vejo em mim a complexa paisagem
um istmo rodeado de dúvidas
por todos os lados menos por um
a minha janela
em que poderias assomar.
Fechada a janela percebes agora
que a vida só se interrompe uma vez.
Fico-me por aqui ___ esperando
gosto do cheiro dos cais.
Tantos elementos comuns a uma urbanidade
ResponderEliminarGostei
A minha realidade, desde sempre, é a cidade.
EliminarEnquanto se queda no cais,
ResponderEliminarinalando o odor da maresia
e o cheiro a peixe que sai das barcaças,
não deixe de olhar para o horizonte...
Quem sabe uma casca de noz não ande à deriva no mar alto.
Deite-se á água e vá a nado...ah, a nado não, esquecia-me que não sabe nadar.
Meta-se no barco que estiver mais à mão seja ele de motor ou a remos.
A pequena sereia - quem será? - ficar-lhe-á eternamente grata.
Moral da história: "Quem espera sempre alcança". :)
Um abraço.
Experimentei a solução de embarcar na barcaça mais perto de terra mas, o peso da descrença, do desalento, da irresponsabilidade era tanto que logo se afundou. A grande descoberta foi que vim a pé para casa caminhando sobre a água. Os sapatos e as roupas molhadas... deixei-as à porta.
EliminarMoral da história: Quem não espera afoga-se ou caminha sobre as ondas".
Um abraço.
Descrença? Desalento? Onde? Quando? Porquê?
EliminarSó a iresponsabilidade pesa...e muito! Mas no acto altruísta de tentar salvar uma vida, não há irresponsabilidade.
Há isso que que anda na boca dos bem intencionados: a solidariedade, a fraternidade, a entreajuda.
"Quem não espera afoga-se ou caminha sobre as ondas"? Como assim?
Afinal, para onde foram as palavras benquistas do poeta:
"Vem, vamos embora, que esperar não é saber/fazer
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer."
Estou desiludida. Pronto!!
Cara Janita
Eliminaristo é uma onda, ora avança, ora recua e o "artista" tem de escrever alguma coisa para que o blog viva, mesmo que sejam apenas palavras.
Isso de ficar desiludida é que é pior, mas... amanhã já terá passado.
Pronto!
🙄 Quanta confiança, eu hein??
EliminarVamos então ver o que amanhã nos traz...😇
Até lá!
Gostei bastante Beijinhos
ResponderEliminarBom fim de semana
Obrigado pela sua visita e pela atenção que dedica ao que publico.
EliminarUm abraço.
Eu, descendente de Jesus, caminho sobre as águas, embora saiba nadar.
ResponderEliminarO cheiro a peixe podre no cais é reconfortante.
Será que o Daniel foi visitar a irmã?!
A subjectiva da belíssima fotografia lembra-me a Holanda.
Não leio no poema descrença ou desalento.
Vejo um poeta parado no cais à espera do inverno.
A foto é na Dinamarca.
EliminarParado no cais à espera de um transatlântico.
Ahhhh...! Agora percebi tudo.
EliminarSe eu tivesse sugerido que se metesse num transatlântico ou num iate de 30 metros, já tinha ficado todo contente.
Entendido!
Ahahahahahah, boa! A mania das grandezas.
EliminarEu só pensei...👍
Eliminar😊
Não vale a pena ficar esperando, quando a janela da alma se fecha.
ResponderEliminarUm abraço, nesta minha breve passagem.
Ficamos sempre à espera... sempre.
EliminarE eu agradeço a sua vinda.
Um abraço.
Falando de cais
ResponderEliminarComo tu, gosto do odor
Como tu, tenho uma janela
Diferente de ti, não espero, parto
Diferente de ti, tenho a janela aberta
Ah,
é há
quem tenha a vida
constantemente interrompida!
A tua janela aberta para o rio é um privilégio, o cheiro da cais não chega aí.
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