Ficará tudo como está
Deixarei tudo como está
os sapatos de casa
à entrada da porta
um filho pronto para nascer
ainda não concebido
um pratinho com beijos
no lugar do costume
o filme que não vimos ontem
gravado na box
as duas chávenas chinesas
com o resto de chá
o quadro, aquele de fundo azul
quase acabado
o estore do quarto grande
todo aberto
o meu pestanejar
na presença de tanta luz
o cortinado branco a esvoaçar
e eu a esfumar-me
daquele sétimo andar
espalhando-me pelo mundo
graças a uma brisa
num dia de sol.
Os designios de um homem
ResponderEliminarAssim saibamos encontrar a razão.
EliminarSe esse teu poema
ResponderEliminarfosse meu
chamar-lhe-ia
"Claridades"
E seria um bom titulo.
EliminarUm amor inacabado... porque alguém saiu de cena... O final do texto torna a situação irreversível, porque o outro se esfuma...
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Afinal, mais cedo ou mais tarde, tudo se esfuma.
EliminarUm abraço também.
Que poema bonito!
ResponderEliminarAbraço
Muito obrigado, saúdo a sua visita.
EliminarUma busca incessante de porquês/razões/culpados/respostas que se esfumam na "brisa e num dia de sol".
ResponderEliminarO desenho para mim não me diz nada o que peço desculpa.
Beijos e uma boa tarde
Um comentário que denota uma avaliação cuidada do texto de hoje.
EliminarQuanto à imagem, nada a desculpar.
Boa Tarde, um abraço.
De tudo o que cá deixou, o que mais me encantou foi o "pratinho com beijos"!
ResponderEliminarQue ideia mais deliciosa...:)
Se o desenho tivesse uma cruz no cimo passaria por uma igrejinha. Assim, pode ser o que a nossa imaginação quiser.
Eu quero que seja um sputnik...ou seja, "Sputnik, Meu Amor", de Haruki Murakami.
Bom dia.
Um abraço.
A nossa imaginação e os nossos estados de espírito variáveis, influenciam as análises do que vemos, lemos e ouvimos. As histórias de amor desentoxicam dos dias cinzentos.
EliminarUm abraço.
NADA, mesmo nada, ficará como está!!
ResponderEliminarO título „Claridade“ expressa melhor a beleza e profundidade do POEMA.
A aguarela expressa algo inédito e inacabado num mundo sem graça nenhuma.
Até regressar a casa 🏡 tenho dificuldades nas publicações.
Concordo, tudo muda minuto a minuto. Bem apanhada a interpretação da imagem.
EliminarConheci o sem blogue a partir do ematejoca azul, de uma amiga em comum, penso não ter ainda por aqui andado (mas às vezes engano-me)
ResponderEliminarConcordo com os “presentes”, um poema assim não deixa ninguém indiferente e não é possível (depois destas palavras) que fique tudo “como está” num poema que será recordado por quem o leu.
Não viver, não amar, desistir não pode ser uma opção (pode ser um resultado) em especial quando há tanto para ser feito.
Entendo o entusiasmo da Teresa. Parabéns.
Abraço e boa semana
Caro João
EliminarSaúdo a sua vinda, é um prazer e um elogio ter mais um leitor e ainda por cima tão gentil na sua análise. Gostei muito da sua interpretação, valoriza a publicação de hoje. Obrigado.
Um abraço também para si.
Todo lo material, puede permanecer, pero las personas cambias a lo largo del tiempo y nada es igual que antes,
ResponderEliminarBesos
Es verdad, todo cambia y nosotros también. Un abrazo.
EliminarAdorei.
ResponderEliminarBoa Tarde. Beijinhos
E eu agradeço.
EliminarBoa Noite.
Um abraço.
Li e reli... e o meu pensamento voou para as janelas estilhaçadas, os cortinados voando, os apartamentos esventrados, as fugas apressadas. Lá dentro, vestígios de vidas paradas.
ResponderEliminarLindíssimo poema, Luis.
Na aguarela vejo um prédio vazio de tudo, não, vejo o mal que chega do céu.
Beijo.
Curiosa a interpretação de cada leitor e como isso torna mais rico o que ficou escrito, obrigado.
EliminarUm abraço.
Boa tarde
ResponderEliminarUm poema . Um legado
Assim decifrei.
A foto escolhida está em sintonia.
Dia Feliz com saúde.
Um beijo
:)
Muito obrigado.
EliminarUm abraço.
"Uma brisa"
ResponderEliminarÉ mais suave que o vento...
Entendi perfeitamente as suas belas palavras.
Mais doçura mesmo num momento grave.
EliminarObrigado.