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História do homem comum
Há sempre nas páginas
do livro que tens nas mãos
o teu sangue ___
___ e o silvo de um comboio
Numa noite indeterminada
é a última frase desse livro.
Sangue e partida
as palavras que cercam
uma história que é a tua história.
Foste separado dos outros
após oitenta páginas do livro
que escreveste sem te dares conta
e que só tu folheaste.
Pega na tua espada
e entra pela noite dentro lutando
alguém espera pela tua memória
irás nascer e morrer vezes sem conta
até te esquecerem.
A história de um homem comum retratado na colagem da fotografia é algo original.
ResponderEliminarOs problemas do poeta são simplesmente existenciais, mas a maneira como os descreve, é fenomenal.
O que diz sobre o que escrevo, dada a sua actividade no meio literário, importa-me.
EliminarSabendo
ResponderEliminarque um livro escrevendo
sempre correria o risco
de
sendo cada página um silvo
de um comboio
partindo
numa noite indeterminada
A tempo
emendei o destino
e entrei madrugada adentro
contando contos
a crianças
34 páginas
No fim do livro da vida, onde esse livro que referes se insere, lá estará o silvo do comboio.
EliminarA história de um homem comum é feita dd todas as cores
ResponderEliminarIgualmente à história do homem não comum.
EliminarSono gli uomini comuni che alla fine segnano un’epoca anche se il loro nome non fa rumore.
ResponderEliminarSono totalmente d'accordo, gli uomini comuni sono decisivi nella storia.
EliminarLindo!
ResponderEliminarGostei bastante. Beijinhos
E eu agradeço. Um abraço.
EliminarBoa tarde
ResponderEliminarNão se morre só uma vez.
É um facto.
Morremos … aos poucos.
Dia e semana feliz!
;)
Tal e qual.
EliminarUm abraço.
Vinte e nove depois, do seu assassinato, eis uma bela homenagem à memória de Guillem Agulló.
ResponderEliminarO jovem antifacista de dezoito anos, morto por um grupo de extrema direita.
"Guillem Agulló, ni oblit ni perdó !!!" - diz o seu cartaz, recortado.
De livros sobre este acontecimento, nada sei, mas de um filme de 2020, sim, sei!
Excelente o seu belíssimo poema.
Um abraço.
Relendo o escrito de há pouco vejo que comi uma palavra e uma letra. Se quiser descubra-as. Obrigada.
EliminarPalavra em falta "anos", letra em falta "s".
EliminarPerspicaz como sempre, descobriu o tema do cartaz e as palavras em falta, parabéns.
Muito Obrigado.
Um abraço.
Tantos e tantos que em defesa da sua convicção são mortos pelo extremismo e rapidamente esquecidos e ou reavivados por escritores e poetas como o que apresentas agora. Quem irá escrever ou poetizar os que tombam em guerras terrivelmente horrendas que ainda decorrem? Enfim, bem ou mal todos morremos um "cadinho" desde que nascemos!
ResponderEliminarAbraços
A História, se não for construída pelos vencedores, poderá vir a fazer justiça e os que hoje são apresentados como "os bons" serão responsabilizados perante a História pelas suas acções. Ver o que disse ontem Lula da Silva.
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