Foto de Ana Duarte
Haja ordem!
A minha boca é um lugar
de regular conflito
os meus dentes
dão caça à minha língua
sobretudo durante a noite
quando está adormecida
___ de manhã vêem-se os danos
as marcas das agressões.
Suspeito que o que move
estes selvagens dentes
é a revolta por terem perdido
alguns dos seus companheiros
e não aceitarem os novos
por serem mortos sem família.
Já os avisei
um dia destes expulso-os a todos
e depois os que vierem
dormem dentro de um copo de água.
Primeiro está a minha língua!
Olha amigo dei uma enorme gargalhada com este teu poema. Há a guerra dos tronos (a foto que não gostei) e aplicas o remédio da expulsão para um copo de água:)))
ResponderEliminarAinda não percebi a ideia de quem usa uma placa não dorme com ela!
Gostei deste momento:)))
Beijos e um bom sábado
A chamada poesia anatómica
EliminarDe vez em quando, um texto mais bem humorado... para desanuviar.
EliminarBom Dia, um abraço.
Língua adormecida, dentes trincadores
ResponderEliminarsinais inequívocos de lombrigas ou tremores.
Recomendo implantes, desses que dão bom dormir,
repousa a língua, descansa o dono, tudo volta a sorrir.
Próteses há muitas; são como os chapéus,
língua...em cada boca só há uma,
dar com ela nos dentes pode impedir-nos
de provar bons pitéus. 😂
Gostei do poema bem-humorado.
O seu comentário também é um poema na mesma linha da publicação de hoje.
EliminarMuito Obrigado, um abraço.
Perfeito! :)
ResponderEliminarCuidado, L. : há infelizes que não conseguem falar, nem alimentar-se, quando têm a boca atafulhada de sucedâneos de dentes. ..
Forte abraço!
Dentes a mais será um fenómeno mas talvez haja quem os tenha, talvez os que vivem no fausto com vários frigoríficos, arcas e cofres cheios.
EliminarUm abraço
Ter a "boca atafulhada de sucedâneos de dentes ", que dificultam o falar e o comer, não significa ter dentes a mais, logo, não se trata de nenhum fenómeno.
EliminarTrata-se, simplesmente, desses tais que o autor planeia dormida dentro de um copo de água.
É o que eu digo:
Este poeta está
sempre distraído.
Nota: Não sou a autora do comentário que originou este reparo. Sou aquela metediça que não sabe estar calada.
Poder-se-ia dizer, nesta circunstância, "veja lá não lhe caia um dentinho!"
EliminarQue nunca "a voz lhe doa" quando é para comentários bem humorados.
A ameaça do poeta originou que os dentes a tremer de medo já pediram refúgio na Embaixada Alemã em Portugal.
ResponderEliminarAfundamos em refugiados, mas dentes portugueses não recusamos.
Há anos vi numa exposição em Colónia um sofá vermelho em forma de boca.
Quanto ao objecto em forma de nariz não sei, qual seja a sua utilidade.
Saudações de Düsseldorf.
A publicação de hoje originou comentários muito engraçados, o seu é um deles.
EliminarUm nariz grande e alerta, pode ser útil.