Foto de Bartolomeu Rodrigues
Equilibro-me nas palavras
Faço poemas como um funâmbulo
caminho sobre as palavras
estreitas
incertas
móveis
As coisas
entre pensá-las e escrevê-las
são como os passos
sobre a corda onde caminho
sem a certeza de chegar
É estreito o fio que conduz
ao outro lado do pensamento
___ o que ficou escrito
será infalível
e poderá não haver equilíbrio
sobre as palavras
Se chegar ao outro lado
da corda bamba
será um momento
de tanto contentamento
como aquele em que o meu pai
me ofereceu
a minha primeira bicicleta.
Funambulo
ResponderEliminarPalavra curiosa
Também acho.
EliminarAnda muita gente por aí em cordas bambas, saltitando de lado para lado consoante as conveniências de momento. Não é o seu caso. O poeta saltita numa corda bamba de palavras e a poesia acontece. Gostei.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana
Estou de acordo consigo, andar na corda bamba é um risco de queda.
EliminarSaúde, um abraço.
Gostei deste teu equilibrismo de palavras poéticas.
ResponderEliminarA foto e como adoro bicicletas (e motos) lembrei-me da que tinha repartida por 5 filhos + 2 emprestados:) e que andávamos obedecendo a uma escala feita pelo meu pai para não haver guerras. Ainda hoje rio pelo que fazia para ludibriar os meus irmãos e assim andar ainda mais:))))
Beijocas e um bom dia
As esperteza juvenis... inocentes.
EliminarBom Dia, um abraço.
Também me agradou muito esta sua experiência de funambulismo, L.
ResponderEliminarForte abraço!
Agradeço, daqui deste lugar onde me equilibrio.
EliminarUm abraço.
Estamos afinados rs também falo hoje no equilíbrio
ResponderEliminare na corda bamba da voz de poetas.
( aqui no, http://lis-simplesmentelis.blogspot.com/)
Vivemos quase sempre por aqui equilibrando-nos ... rs
Abraços L
Estamos em equilíbrio diáriamente.
EliminarUm abraço.
Una lirica davvero bella e originale. Complimenti e buona giornata.
ResponderEliminarGrazie per la visita e il bel commento.. Un abbraccio.
EliminarO POETA equilibra-se muitíssimo bem nas palavras … na bicicleta já duvido.
ResponderEliminarLindíssima fotografia que me leva a Lisboa.
Na bicicleta também, de onde lhe vem a dúvida? A imagem é Lisboa, sim.
EliminarTão bonita esta forma que o Autor encontrou para definir o método de chegar ao final de cada poema.
ResponderEliminarTão bela, também, este descrever de como é instável a forma de agarrar esse fio condutor da ideia, e do seu percurso, até ganhar forma de poema escrito no papel. Um verdadeiro trabalho de funanbulismo, sim senhor!
Imagino o seu contentamento! E acredito plenamente na comparação que faz, com o júbilo da criança que recebeu a prenda tão desejada.
Dúvidas eu tivesse de que aqui mora um Poeta...ter-se-iam dissipado. E equilibrista, que é coisa para muito poucos.
Parabéns, e um forte Abraço de muito apreço. :)
Encontrei o estabelecimento e o local exacto onde o Bartolomeu estacionou a sua bike.
EliminarFoi comprar pão fresquinho ou será melhoe dizer: quentinho?
Se eu conseguir, aida lhe trago o link directo. :)
Vamos lá ver se clicando AQUI vamos dar à centenária Padaria S. Roque.
EliminarEu própria só vendo acredito. :))
Yuuuupiiiiiiiii...tal e qual!
EliminarE esta, Bartolomeu? Eheheheheh
Janita
Hoje a minha publicação agradou em pleno à minha exigente leitora. E mais, o texto de hoje classificou-me bem definitivamente (no seu entender) registo.
EliminarQuanto à foto, a sua aptidão para investigadora confirmar-se. Que tal desenvolver a actividade de detective privada?
Muito Obrigado, um abraço.
Boa tarde!
ResponderEliminarFunâmbulo palavra que nunca usei, mas,acho que todos andamos assim, na corda bamba.
É curioso o fio condutor do poema e fez-me concordar que é mesmo assim.
Ao finalizar o poema, eu também me sinto em certo desequilíbrio com as palavras, por isso tento não o ler mais, pois estarei sempre a mudar o seu conteúdo.
Gostei bastante.
E a foto, ficou aqui muito bem enquadrada.
Bom final de semana com saúde.
:)
É um gosto quando agradamos a leitores que são praticantes e conhecedores da actividade, é o seu caso.
EliminarMuito Obrigado, um abraço.
Todos algunas veces no hemos sentido caminando por la cuerda floja, pero no hemos sentido al instante seguro, cuando una mano amiga , nos ha cogido de su mano.
ResponderEliminarBesos
Sí, a menudo una mano amiga nos salva de caer. Un abrazo.
Eliminar