Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Quem deu o quê a quem?Que parte do chão nos cabe/Quem decidiu o quinhão de terrae quem o entregou a cada um/Em que lugar fincaremos os pésde sobrolho pesadoporque somos os donosdo que ninguém deu a ninguém/?????????????Desenho no chãoo contorno de um peixecomo outrora para ser reconhecidoe é sob os nossos pésda dimensão dos nossos pésque encontramos o pouco chãoque nos cabe.Será a terra que nos levará.
A partir de
"A Origem da Família da Propriedade Privada e do Estado"
Friedrich Engels
Sinto
ResponderEliminare te digo
ninguém
terá dado o quer que seja
a quem
nem a mim, nem a outro alguém
Tudo o que temos
foi conquistado
Tento desenhar no chão um peixe
e sai-me sempre uma pomba
... e serão as minhas cinzas
que o mar levará...
Se foi conquistado, foi conquistado a alguém e quem deu a esse alguém o que depois veio outro e conquistou?
EliminarTema delicado nesta época de perseguições que vivemos
ResponderEliminarA verdade neste tempo em que vale tudo, pode ser delicado mas, ainda assim, não nos podemos acobardar.
EliminarPois é mesmo em tempos turbulentos que é conveniente ler a obra de Friedrich Engels.
ResponderEliminarSaudações de Wuppertal-Barmen.
Ler tudo o que possa iluminar e esclarecer o que significa a nossa passagem meteórica por este mundo.
EliminarO Luís valoriza demasiado a leitura.
EliminarO que li de Karl Marx e de Friedrich Engels não iluminou ou esclareceu o meu caminho neste mundo.
Sabe, Luís, se eu tivesse nascido numa família de analfabetos nunca tinha saído de Portugal 🇵🇹
Nascer numa casa cheia de livros foi para mim prejudicial.
A fotografia aterroriza e fascina.
Nascer numa casa cheia de livros nunca pode ser prejudicial. O seu caso será uma questão pessoal e isso não pode constituir uma máxima, se assim fosse o Salazar estava certo.
EliminarNão, não é uma questão pessoal.
EliminarNasci numa família que sempre me apoiou em todas as minhas loucuras.
Que sempre acreditou em mim.
Então fique contente com isso, nem todos podem dizer o mesmo.
EliminarTanta luta pela ganância de terras que não consigo perceber as mentes perversas, porque afinal todo o homem vai no "pouco chão que nos cabe".
ResponderEliminarVerdadeiro e a foto é lindíssima.
Abraços e um bom domingo
Porque ter terra é ter riqueza e ter uma parte do mundo.
EliminarBom domingo, um abraço.
Daí eu dizer muitas vezes que sou uma sem terra (pelos motivos tão idênticos as actuais) e uma sem casa porque esta é arrendada e respeito-a muito por não ser minha:))))))))))
EliminarPenso que esses Tratados Antropológicos - se é que lhes posso chamar assim - deveriam trazer as respostas às questões aqui colocadas. Talvez a noção e a necessidade do ser humano em criar família, na medida em que foi evoluindo, levou a que cada um tomasse para si o seu quinhão de terra onde pudesse plantar e colher o seu sustento e o dos seus. O resto foi o resultado da soberba e da ganância.
ResponderEliminarSe bem me lembro, por cá, a terra ser de quem a trabalha parece que não resultou...
Bom dia, um abraço
Esta questão tem subjacente uma resposta "ninguém deu a ninguém a propriedade da terra" ou seja, a propriedade foi tomada abusivamente e foi engrandecendo por herança atrás de herança. Para simplificar ___ podemos observar que há proprietários de terras a perder de vista e a grande maioria só pode dispor do espaço que os seus pés ocupam, ou seja, para termos um lugar para o nosso corpo temos que pagar a alguém a cedência de um espaço, quem não tiver dinheiro não tem direito a existir.
EliminarPor cá "a terra a quem a trabalha" quando começou a resultar, alguém tratou de acabar com isso, era mau exemplo, ainda está vivo um dos principais mentores desse acto contra os trabalhadores e o país, o outro, que era o seu chefe, já morreu.
Este é um mundo injusto, de ganância, e há responsáveis.
Um abraço.
Luís, creio que, se quisessemos apurar responsabilidades, acerca das injustiças do mundo, teríamos de retrocer milénios.
EliminarEste mundo é injusto desde que é Mundo e nunca ninguém, nem Jesus Cristo, sequer quaisquer dos 12 Deuses mais poderosos do Olimpo, na mitologia grega, o conseguiram. :)
Melhor mesmo é sermos nós a ir fazendo por ser justos e imparciais no nosso dia-a-dia. Se cada um fizer isso, garanto que estaremos a trabalhar para fazer deste mundo imundo, um mundo mais tolerante, mais humano e mais justo. Não concorda?
Abraços. :)
Corrijo: retroceder. :))
EliminarEngels escreveu o que escreveu e é a partir daí e de outros escritos de outros autores que avaliamos a evolução da sociedade.
EliminarQuanto à palavra "tolerante" tem que se lhe diga, se for para sermos benevolentes com os que nos exploram... não pode ser, eles desconhecem essa palavra.
Abraço.
Acrescento: peça ao seu banco para ser tolerante por não poder pagar a prestação da sua casa porque a empresa onde trabalha o despediu para encerrar portas e ir explorar para outro país.
EliminarPronto...não insisto! 👍
EliminarAcrescento apenas que a foto marca bem essa diferença de posições, entre os poderosos e os sem terra , por assim dizer.
A maior parte do solo é árido e inculto e, lá mais ao longe, um pequeno paraíso verdejante...
Não quis perceber o meu ponto de vista mas, Obrigada, na mesma. :)
Um grande poema suavemente tecido entre Engels e a Bíblia, que esse contorno de peixe soa-me a evangélica pescaria. Muito bem sucedida, contudo, porque ainda trago essa imagem gravada na memória e é-me profundamente grata...a imagem.
ResponderEliminarQue sejam, terra e mar, de quem na terra e no mar deixa o seu suor, que o céu está garantidamente nas mãos do grande capital. E não me refiro ao céu religioso.
Forte abraço, L.!
Sim, o desenho do peixe no chão era um sinal.
EliminarAlguém se apossou também do céu abusivamente.
Um abraço.
La terra non appartiene all’uomo, è l’uomo che appartiene alla terra. Le sue conquiste sono solo illusioni, tutto lascerà, niente è di nessuno. Bella poesia. Buona domenica.
ResponderEliminarL'uomo tornerà sulla terra, ma nel frattempo alcuni si arricchiscono con essa. Un abbraccio.
EliminarComo hoje é o Dia das Mães na Alemanha 🇩🇪
ResponderEliminar„As mais exploradas são as mães do nosso povo. Elas estão de mãos e pés amarrados pela dependência econômica. São forçadas a vender-se no mercado do casamento, como suas irmãs prostitutas no mercado público.“ — Friedrich Engels
Respeitadas as distâncias temporais, esse escrito é sábio e em países mais pobres ainda mais sábio
EliminarNem precisamos a ir a países mais pobres. Na Alemanha 🇩🇪 nas classes pobres e especialmente em famílias com raízes estrangeiras. Mandamos dois bilhões de euros para a Ucrânia 🇺🇦 e aqui também há tanta gente pobre.
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