Foto de Daniel Filipe Rodrigues






Tu és o mar

O caminho das pedras
os pés em ferida
a água salgada 
o mar
os seixos
uma cama de seixos. 
É por me dedicares
tantas lágrimas 
que me afogo nesse mar.








21 comentários:

  1. Eu sou o rio
    mas faço parte do teu poema
    com os pés em ferida
    pela mesma caminhada

    Este rio de água salgada
    por tanta lágrima

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    1. Houve identificação com o texto de hoje. Boa interpretação.

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  2. Bravíssimo! Diz-me muito essa poesia, lágrimas foram dedicadas sim, haja mar! Boa semana que entra, abraço.
    https://botecodasletras2.blogspot.com/

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    1. É um gosto para o autor que a leitora se tenha identificado com o texto de hoje. Agradeço o seu comentário.
      Um abraço.

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  3. Não sei se entendi bem o sentido do poema, mas gostei de o ler.
    Abraço, saúde e boa semana

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    1. Cada leitor interpreta o que lê, a sua interpretação será tão válida como outra que seja diferente.
      Saúde, um abraço.

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  4. O caminho das pedras é mais o da perdição que da salvação

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  5. Versos dispostos em forma de ampulheta.
    E enquanto o tempo se escoa como areia
    por entre os dedos, vai-se afogando o poeta.
    Caminha por cima dos seixos que ama,
    mas teme afogar-se no mar de lágrimas
    de quem por si chora.

    Que tal aprender a nadar?

    Bom dia.
    Um abraço.

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    1. Boa interpretação.
      Nadar... só num lugar com pé.
      Obrigado, um abraço.

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  6. Que esplêndido poemeto!

    Forte abraço de uma poeta que não chora, embora não tenha uma pedra no lugar do coração...

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  7. Em 83 escrevia isto.....
    Queria achar as tuas pégadas na areia
    Queria encontrar teu corpo de sereia

    Junto à água procuro debaixo de cada seixo
    Um indício uma pista um amuleto um desleixo

    Algo que me leve a ti na imensidão estival
    Um grito um choro um gemido um sal

    O meu faro vira de cão caçador
    Mas em vão teu aroma busco amor

    Começo a desesperar junto às ravinas
    Lá estás tu
    E sorris-me sentada nas marinas

    Inchadas de tanto cheirar estas narinas
    Uma última vez
    Premeio-as com os teus cabelos minhas crinas

    Transformo-me então em cavalo-marinho
    Relincho
    E sou montado por ti suave linho

    .... Gostei das suas palavras !

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    1. O seu poema é muito mais completo, mais explicito, mais brilhante. Obrigado por partilhar.
      Um abraço.

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  8. Um poema tão simples mas recheado de tantas emoções. Lindíssimo!
    Gostei muito de ambas as fotos.
    Beijos e uma boa tarde

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    1. Importante é tocar a sensibilidade dos meus leitores.
      Um abraço.

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  9. Quando o poeta caminha pelas pedras || seixos observando o horizonte do mar.
    O seu andar é próprio dos dilemas da existência humana.

    Eu não sou o mar. Sou sim, a anónima de Düsseldorf 💙

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    1. Já não há anonimato que não a identifique dado o estilo dos seus comentários,
      que considero e agradeço.

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  10. Si el camino es de piedra, no es aconsejable caminar con los pies descalzos. Deja tus pies desnudos para la fina arena y para que el agua de la orilla del mar acaricie tus pies.

    Dada persona es libre del camino que tiene que segur.

    Besos

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