Foto do autor do texto
Os temores que a imaginação constrói
Temo o nevoeiro ___ o prolongado nevoeiro
sobre o mês que vem
Temo a confusão dos sapatos a passearem
nos baixos da minha cama
Temo o corredor comprido da casa
onde o meu pai morreu mais de uma vez
Temo as sombras dos antepassados
a caminharem sobre mim
Temo a exaltação de certos sons
que nos descontentam e nos deprimem
Temo a repressão das palavras
as ditas e as não ditas
Um poeta banal e velho nos seus temores
refugia-se nos seus poemas
porque já não há colo que o recolha.
Deus me livre. É muito medo pra uma pessoa só
ResponderEliminarAhahahahahah, boa piada.
EliminarParece-me que o poeta não está tão velho assim que viva cheio de medo. Mas será medo que sente ou é apenas fingimento?
ResponderEliminarE o meu comentário no post anterior? Escafedeu-se ou foi parar no Spam?
Abraço saúde e bom domingo
Há poetas banais em todo o lado
EliminarCara Elvira, quando escrevemos inventamos, misturamos a realidade com a ficção, caso contrário haveria limites à nossa imaginação.
EliminarO comentário à publicação anterior, que refere, recebi-o por mail mas não entrou no blog, isto acontece várias vezes, eu também já comentei em outros blogs e eles não aparecem. A plataforma Blogger funciona com algumas insuficiências.
Saúde, um abraço.
Eu sei que em poesia tudo é possível, não há limites à imaginação. O meu comentário talvez não fosse muito feliz mas eu sempre disse que não sei comentar poesia.
EliminarQuanto ao Blogger tem muita razão. ontem dos 17 comentários que tive, 8 fui buscá-los ao spam. E ontem aconteceu-me ainda outra coisa. Duas vezes tentei comentar o blog do Rogério, e não aparecia nenhuma letra. enfim, mistérios da tecnologia.
Abraço, saúde e bom domingo
Como autores e frequentadores de blogs estamos "na mão" do Blogger.
EliminarPara o Miguel
ResponderEliminarDizem que Portugal é um país de poetas.
Elá, acho que alguns temores poderão ser verdade outros não no tal resguardo imaginário e poético.
ResponderEliminar"porque já não há colo que o recolha."
Há sim senhora que não seja por isso e se fores o elegante "ômi bonitão da foto" que deve rondar 70/75 kgs dou-te colo mas sem a mochila que é igualmente fixe e já roubei!
Tu deves ser mais bem divertido do que aparentas ser. Já agora a cadeira é tua? sim senhora boa postura mas descruza as pernas ...olha as varizes:))))
Gostei muito deste "caça fntasmas"
Abraços e um bom domingo
Um comentário sempre brincalhão para afastar o peso das palavras. Não sou o figurante anónimo da imagem.
EliminarBom domingo, um abraço.
Sou muito prosaica nos meus medinhos, L. ; temo as cadeiras de dentista, as grandes dores físicas, o frio e uma única pessoa: uma senhora simpática e ainda mais velhinha do que eu que sofre de verborreia crónica. Quase invejo a riqueza da sua imaginação :)
ResponderEliminarUm forte abraço!
Apesar das dores físicas há boa disposição neste seu comentário. Resistência mental é necessária.
EliminarAs melhoras, um abraço.
Como li o comentário da Elvira e sei que o Luís é pouco hábil no manejo do resgate de comentários perdidos, não fui de modas...para o que desse e viesse, copiei o que que escrevi anteriormente a este...ah, pois, desta vez não me apanhou desprevenida...et voilà...
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Ei-lo:
«Desta vez perdi-me, não de temores - a exemplo do poeta - e nem de amores, vá, mas, na contemplação do senhor da fotografia.
Impecavelmente metido na sua camisa branca, bem engomada, desportivamente usada de fralda de fora, totalmente absorto de tudo o que se passava à sua vota, e entregue à sua leitura. Sei que não é o autor e pergunto-me: Seria alguém conhecido? Senão, como pode alguém aproximar-se tanto de um desconhecido, fotografá-lo, como se o outro fosse uma estátua ou monumento?
Olhe que foi preciso "lata"...eu não teria esse descaramento!
Despeço-me, na esperança de voltar amanhã. Talvez, lhe dê algum colo, talvez... »
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Se os comentários que fogem daqui vão parar ao seu e-mail, sabe que foi justamente isto que escrevi, ainda há pouco poucochinho, verdade?
Um beijo radiante de contente. Eheheheh
O senhor que aparece na foto é um figurante desconhecido, posso revelar que é um pintor de retratos em repouso de leitura até que venha novo cliente. Não foi preciso grande proximidade, além do mais, qualquer pessoa pode ser fotografada desde que em lugar público.
EliminarDespeço-me com o abraço já habitual.
"... qualquer pessoa pode ser fotografada desde que em lugar público."
EliminarPode não ser bem assim, Luís!
Também já fotografei um homem-estátua em plena Rua de Santa Catarina , mas aproximei-me e pedi-lhe, em voz baixa, permissão. O senhor acenou ligeiramente em sinal afirmativo, afastei-me um pouco mais e fotografei-o, por sinal, a olhar para mim.
Tanto assim é que:- ""a Constituição Portuguesa no n.º 1 do seu artigo 26.º, estabelece que a todos é reconhecido o direito à imagem, entre outros direitos de personalidade. Não ser fotografado nem ver o seu corpo exposto sem o seu consentimento, com ou sem carácter comercial, é um dos direitos fundamentais de qualquer cidadão."
Hesitei muito em voltar aqui, mas como deu uma tal ênfase às minhas palavras, que até as disse a brincar, voltei.
Obrigada!
Envio um endereço onde pode constatar as normas para fotografar pessoas em lugares públicos.
Eliminarhttp://www.eusinfo.pt/blog/fotografia-sem-consentimento/
Adorei o seu poema.
ResponderEliminarBeijinhos
E eu agradeço-lhe que o tenha dito.
EliminarUm abraço.
Temo nunca vir a entender as diferentes verdades dos poetas.
ResponderEliminarComo simples leitora de poesia o conteúdo do poema tocou-me profundamente, e isso me basta para dizer que gostei MUITO!!
A foto é fabulosa!
Beijo, boa semana.
Já é compensador para o autor ter tocado a sensibilidade dos leitores.
EliminarUm abraço.
Eu tenho uma obsessão de fotografar desconhecidos. Na Holanda 🇳🇱 tive problemas com um tipo de bicicleta!!
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