Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Desconhecidos, não!
Não abro a porta da minha casa
a desconhecidos
não reconheço a sua língua
nem compreendo por que trazem malas
e se apresentam sorrindo
dizem-me que trazem palavras novas
que eu não conheço
e que nas malas transportam
claustros vibrantes
com os cânticos da paz
digo-lhes que Deus já não existe
e que escrevo poemas
com as minhas próprias palavras
Benzeram-se assustados e partiram
deixando cair das malas
várias palavras desconhecidas
que varri com zelo ___ letra a letra
Assim que se foram
retirei a chave da minha casa
que tinha debaixo do tapete.
A privacidade, ou a luta por ela, assume tantas formas
ResponderEliminarA privacidade é o nosso lugar seguro.
EliminarSe a privacidade é o nosso porto seguro, acautelemo-nos. Há muito que deixámos de a ter.
ResponderEliminarAbro a porta da minha casa para:
1- Deixar entrar quem me vem auxiliar a fazer as muitas coisas que deixei de poder fazer sozinha.
2- Sair- para andar meia dúzia de metros, não mais...
3 - Para ajudar alguém, embora duvide que ainda possa acudir a alguém que se tenha magoado num queda, por exemplo. No entanto, posso sempre pegar no telemóvel e requisitar o auxílio de terceiros.
4- Para ir regar as minhas dieffenbachia e a árvore da borracha da vizinha do lado.
Peço perdão, perdi-me em divagações, L., todas elas suscitadas pelo seu "Desconhecidos, não!"...
Forte abraço!
As suas razões para abrir a porta, são legítimas e acertadas. Mas quando vêm os vendedores de comunicações ou os evangelizadores, não abro a porta e ladro a fingir que tenho um cão.
EliminarSaúde, um abraço.
Hoy no te puedes fijar de los desconocido y de las intensiones que tiene cuando llaman a tu casa.
ResponderEliminarBesos.
Es cierto, hay muchos delincuentes en libertad. Un abrazo.
EliminarDecididamente o blogger embirrou comigo.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Desta vez não encontrei o seu comentário, nem nos mails. Lamento.
EliminarFizeste um poema com metáforas sobre quem nos bate à porta, ou porque se enganam ou são os tais vendedores da "banha da cobra", Não tenho paciência no entanto sei que ganham à comissão mas faço sempre o mesmo:
ResponderEliminarQuem é?
Luz, água, telecomunicações, Palavra de Jesus etc...
Desculpe não poder atender porque estou a dar banho ao neto e grito já vou netinho tem calma:))) o que é de todo mentira:)))
A foto é soberba!
Beijos e um bom dia
Uma forma bem criativa para não abrir a porta a estranhos.
EliminarUm abraço
Na realidade é absolutamente perigoso abrir a porta a desconhecidos.
ResponderEliminarNUNCA deixaria a minha chave debaixo do taoete.
Metaforicamente abro a porta aos poetas …
A fotografia é linda.
Teresa Palmira Hoffbauer 💙
A chave debaixo do tapete era uma prática antiga, antes de o mundo ser como é.
EliminarGostei muito.
ResponderEliminarNos tempos que correm temos cada vez mais de saber a quem abrimos a porta da nossa casa e da nossa vida.
Gosto da fotografia, uma porta aberta cheia de luz :)
Convida qualquer um a entrar :)
brisas doces *
A segurança manda que haja recato a quem abrimos as nossas portas.
EliminarUm abraço.
Caro Poeta/Pintor
ResponderEliminarnestes tempos tão conturbados, nem abro a porta e apenas falo pelo intercomunicador.
e para a família temos um truque no toque, que só nós sabemos.
gostei do poema e da imagem que esta muito bem "casada".
bom final de semana com saúde
:)
Códigos que nos defendem dos intrusos.
EliminarUm abraço.