O que não podia ser adiado
Não é possível reinventar o que aconteceu
ali estava Abril ainda frágil e a precisar de auxílio
a precisar de caras decididas a deixarem-se ver
Alguns diziam
E as famílias meu Deus!
e nós dizíamos
As famílias serão filhas de Abril
e Deus não existe!
E assim foi ___ noites que eram como os dias
o sono não se atrevia, seria levado de vencida
como tudo o que era contra Abril
Muitos e muitos anos depois
os filhos dos pais de Abril ainda pensam
que os traímos com a revolução
e que cresceram sozinhos
Já ninguém te pergunta se tens
frio
fome
felicidade
Esta é afinal a vida de um homem livre
e solitário que foi um funâmbulo caminhando
entre o dever e a renúncia.
Que esplêndido poema, L.!
ResponderEliminarPor pouco, por muitíssimo pouco, essa não é, afinal a vida de uma mulher "livre/E solitária que foi uma funâmbula caminhando/Entre o dever e a renúncia".
Forte abraço!
Este é o resultado do nosso caminhar entre o dever e a renúncia, nessa época.
EliminarUm abraço.
Liberdade ! ainda que tardia ...
ResponderEliminaros sonhos continuam se atrevendo L
Gosto da aquarela e que haja corações reinventando amor .
meu abraço
Os corações em liberdade, ou não, inventam o amor. É o que nos vale.
EliminarUm abraço.
Abril em NOVEMBRO — porque não?!
ResponderEliminarEmbora eu seja uma mulher livre, não solitária, que nunca caminhou entre o dever e a renúncia, gostei de ler este poema extremamente político e adorei a aguarela. Cada indivíduo tem as suas prioridades.
Prioridades que a humanidade e o dever cívico impõem, tomando em conta o interesse de todos e não os interesses pessoais.
EliminarNo me he encontrado nunca con semejante alternativa.
ResponderEliminarBesos.
En Portugal hubo una revolución el 25 de abril de 1974. Un abrazo.
EliminarUm poema, qual grito de (liberdade) ou solidão?!Adorei :)
ResponderEliminarBeijo. Boa noite!
De vez em quando gritamos.
EliminarUm abraço.
GRITAR, gritamos muito, mas nem sempre gritamos pelos ideias políticos do poeta.
EliminarTodos os gritos são permitidos desde que por causas justas, ainda que não sejam coincidentes com os do autor.
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