Quando vi a tua imagem
Não tenho dúvidas que eras tu
aquela mulher que conheci
na fronteira entre a paixão inesperada
e a transgressão insensata ___
___ nesse tempo foi aí que ficámos
deitados sobre os Vivas à República
Reconheci-te pelo vermelho
igual ao daquele tempo
e pelo par de castanholas que trazias
ao peito com o cordão de ouro
que os nacionalistas te perdoaram.
Bailámos até me levarem
não havia espaço para o amor em tempo de guerra
Não tenho dúvidas que eras tu
a mesma que conservo neste papel
com dois versos de Lorca
que deixaste no meu bolso
Ay qué trabajo me custa
quererte como te quiero
Desde esse tempo
as bocas e os sexos calaram-se ___
___ somos apenas dois punhados de terra
sem lugar definitivo
onde quer que estejamos agora.
A publicação evoca a Guerra Civil de Espanha 🇪🇸 entre 17/07/1936 – 1/04/1939.
ResponderEliminarEmbora o poeta não tenha vivido nessa época, tem uma predileção por esta data histórica.
Um assunto que desperta totalmente o meu interesse.
EliminarQue poema.
ResponderEliminarLi-o várias vezes e saio daqui encantado.
Excelente, os meus aplausos.
Continuação de boa semana, caro Luís.
Abraço.
Jaime, sempre simpático nos seus comentários. Muito obrigado.
EliminarUm abraço.
Belíssimo poema, este seu "Quando Vi a Tua Imagem", L.!
ResponderEliminarLi-o e reli-o várias vezes e sim, também a mim me remete para a Guerra Civil de Espanha.
Forte abraço!
Um marco na história de Espanha cujos sinais ainda existem.
EliminarUm abraço.