Em cada Novembro
Quando cai a noite
em cada Novembro inesperado
do meu calendário
consigo ouvir no cais perto da minha casa
a boca de um barco num lamento grave
ou num apelo a quem ordena
os dias e as noites
ou talvez ao comandante daquela fracção
de vida flutuante pedindo para
parar o tempo já que a noite
é a pior ocasião para despedidas
ou separações
como se cada aceno fosse
o correr de cortinas vermelhas ___
___ escuras sobre o desejo de regressar
ou sobre a fidelidade dos que ficam
De nada vale aos que dizem
é Novembro
como se fosse um impedimento para a partida
como se Novembro fosse um pé metido
na porta de um amor que se encerra
como se Novembro fosse
uma luz que se desfaz vencida
pela noite de onde não se volta nunca mais
Quando cai o escuro
em cada Novembro inesperado
do meu calendário
faço a mala e parto para te procurar
até ao fim do mundo.
Bella poesia, molto profonda! Complimenti!
ResponderEliminarGrazie per la vostra visita. Ben arrivato. Un abbraccio.
EliminarA fotografia é lindíssima, mas não ofusca o maravilhoso poema que tanto me encanta com a sua neblina de novembro.
ResponderEliminarNota positiva, portanto. É um estímulo.
EliminarNovembro foi o mês em que nasci... eu e milhões de outras pessoas, mundo afora.
ResponderEliminarBelíssimo, este Em Cada Novembro, L., ainda que coberto de neblina(s)
Forte abraço!
Então aqui vai um abraço de parabéns.
EliminarMuito belo o poema. Felizmente até hoje, nunca me partiu alguém querido em Novembro e este foi o mês em que meus pais consagraram o seu amor, num longínquo 1946. A foto, uma folha solitária junto da marca da outra que partiu, fala de solidão.
ResponderEliminarAbraço, saúde e um bom mês de Dezembro
Gostei muito da interpretação que deu à foto.
EliminarMais um Novembro já se foi.
Um abraço.
Novembro já acabou tem de partir para o Dezembro e esperar dias melhores :)
ResponderEliminarAdorei o poema!
Beijo. Boa noite!
Estamos em Dezembro. Novembro talvez volte.
EliminarUm abraço.
VENTANA DE FOTO deixou um novo comentário na mensagem "":
ResponderEliminarYa ha terminado noviembre, pero siempre nos quedan los recuerdos que se produjeron en dicho mes.
Besos.
Tendremos más noviembres en nuestras vidas. Un abrazo.
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