Poemas da minha infância





Trovoada 


Quando chove fico a brincar 

sentado no chão da minha marquise

às vezes faz trovoada

então a minha mãe diz

para eu não ter medo

e dá-me beijinhos

eu rezo baixinho

para haver mais trovoada.






18 comentários:

  1. Olá, Luis!
    Um belo poema que revela o quanto se precisa de atenção, de carinho...
    Somos capazes até de desejar mais trovoadas.
    Deus abençoe você e sua família!
    Abraços fraternos

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  2. Teresa Palmira Hoffbauer22 de junho de 2023 às 09:39

    Crescer indica sair da ingenuidade. Daí o menino de “ontem”, ou seja, a ingenuidade perdida, grita dentro do adulto como assinalando que as recordações da infância nunca são destruídas.

    Já tinha vontade de ver um trabalho artístico do poeta.
    Desta vez, o castelo onde vive o menino que reza para haver mais trovoada, porque gosta de beijinhos.

    Tanto o poema como a imagem me encantam, mesmo sem identificação possível: quem tinha medo de trovoadas era a minha mãe e não eu 🌩

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    1. O autor conserva com letras uma parte delicada do seu passado.

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  3. Encantador esta recordação da tua infância. Ao contrário dos meus irmãos não tinha medo e ainda hoje gosto de ouvir e ver os trovões o que me leva ao meu avô materno que me dizia num abraço: ouve a trovoada porque ela evita terramotos. Verdade ou não o certo é que nunca ocorreu um em Angola!
    A minha mãe dava muitos beijos aos filhos mas eu era pouco dada a eles! Ainda hoje e no lar quando lá vou recebo muitos e claro que retribuo animhados num abraço!
    O desenho, pois...não gosto mas custa-me dizer-te!
    Beijos e um bom dia

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    1. Ainda hoje gosto de trovoadas, incompreensível... ou talvez não.
      Um abraço.

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  4. Bom dia
    Quando lemos palavras belas
    Até custa definir adjetivos para elas.

    JR

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  5. Amoroso o poema!
    Eu e os meus irmãos gritávamos por
    Santa Bárbara quando os trovões
    ribombavam... e a mãe não estava
    ao pé.
    Abraço
    Olinda

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    1. No princípio, o ribombar, assusta mas com a mãe ao pé... estávamos protegidos.
      Um abraço.

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  6. Que dizer se eu e o meu avô corríamos para a varanda ou para a janela para podermos olhar os relâmpagos de olhos nos olhos?
    Direi que o poema é de uma imensa e delicada ternura e que a ternura nem sempre se (re)veste de uma tão bela delicadeza.

    Forte abraço, L.!

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  7. Boa tarde,
    Um poema muito lindo, que me fez regressar à infância recordando as fortes trovoadas
    e a oração a Santa Bárbara pela minha avó.
    Um beijinho.
    Ailime

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    1. Na infância de todos nós a trovoada era um momento assustador.
      Um abraço.

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  8. VENTANA DE FOTO deixou um novo comentário na mensagem "":

    Ha sido unos buenos pilares, para fomentar la composición, de unos buenos poemas.

    Un abrazo

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  9. Um poema belissimo, que me leva à infância.
    Tanta ternura aqui expressa.
    Este trabalho comoveu-me imenso.
    :)

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