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Cicatrizes
Vá ___ que o mundo novo
seja em breve
já tenho o corpo cheio de cicatrizes
quando me vestirem confirmem
a brutalidade da luta
pelo mundo novo adiado
pacientemente adiado
entre a raiva e o desígnio
convoco então
o prazer dos sentidos
para ter o entendimento
do efémero
e na agonia canto vitorioso
as cicatrizes do meu corpo.
Não se te lembras
ResponderEliminarde um dia
eu me sentir árvore
sem qualquer sentimento
de compensação
em prever
ir um dia morrer
de pé!
Morre-se de pé quando as nossas raízes secam.
EliminarLinda foto e cada cicatriz do nosso corpo ou em árvores, deixa além da marca, histórias...
ResponderEliminarabraços, chica
Cada cicatriz tem uma explicação.
EliminarUm abraço.
Um poema que por segundos me fez esquecer a monumental dor de cabeça que trago comigo. Belíssima, a fotografia e belíssimas as cicatrizes que gloriosamente cantaremos, porque, se sobrevivemos a todas estas, talvez sobrevivamos aos muitos golpes que o futuro próximo nos reserva.
ResponderEliminarForte abraço, L!
Estamos nisso... venham os golpes... de ternura.
EliminarUm abraço.
Arrepia tanto o poema como a fotografia.
ResponderEliminarÉ um grande elogio, poeta.
A mim nada me arrepia, nem a bagunça na Assembleia Nacional.
Agradeço reconhecido esses seus raros arrepios. Muito me satisfez.
EliminarForte fotografia , forte o poema .
ResponderEliminarCicatrizes ,que sejam como das árvores sem grandes golpes
e certamente, florescerá.
grande abraço e bom domingo de Páscoa, L