Foto de Daniel Filipe Rodrigues
Aqui estamos
Entraste por mim
com a simplicidade com que se entra
no primeiro mês de outro ano
sinos e luzes
e a amargura nas mãos a desaparecer
na boca tinhas a palavra necessária
na tua voz luzes equivalentes
a um pequeno sol
encontraste-me no labor
de procurar uma ideia
eu que tinha adormecido
escutando as ideias dos outros
nunca identificaste as feridas
na minha voz
nem a minha expressão indecisa
porque nunca sentiste
o perigo a balouçar sobre a cabeça
entretanto
o tempo desdobrava-se em vazio
o tempo nunca se engana
e tudo era a negação de tudo
nunca mais reconheci
o teu sorriso de sempre
vê como envelhecemos.
Apesar de reformado, pensionista e idoso
ResponderEliminarquando for velho
quero envelhecer assim
(belo poema)
Já lá andamos. Obrigado Rogério
EliminarPor vezes identificamos as feridas na voz, mas o decoro...
ResponderEliminarO silêncio pode ser mais intrusivo.
Repare nos velhinhos.... O sorriso é o mesmo de sempre.
Bonito poema! ♥️
Um pouco nostálgico,
porque nos faz lembrar do que fomos e perdemos.
É bom, apesar de tudo, ter consciência.
Eliminar😅
EliminarO tempo nunca se engana...e quanto às feridas, por vezes, a melhor cura é apenas estar presente...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
O tempo toma conta de nós e não nos abandona.
EliminarUm abraço.
Identifiquei-me neste teu poema bem nostalgico mas com uma verdade absoluta que muitos fazem por ignorar! Gostei imenso!
ResponderEliminarAbraços e um bom dia
Falamos das coisas mesmo que em forma de poesia.
EliminarBom Dia.
Um abraço.
Por mais diferentes que sejamos, todos nós temos uma coisa em comum: à medida que envelhecemos
ResponderEliminarmomento a momento, o resto da vida encolhe inexoravelmente.
Aqui estou para elogiar o poema.
E sem palavras para descrever a beleza da extraordinária fotografia.
A recepção positiva dos meus escritos, por parte dos meus leitores, enfeita essa sensação do tempo a desdobrar-se no vazio. O autor fica reconhecido.
EliminarAqui parada no tempo que nunca pára, que nos leva,
Eliminarpor vezes, para além daquilo que poderemos suportar.
Nem sempre as feridas do outro são identificadas,
pois cada um considera as suas por demais
excruciantes.
Um poema reflexivo. Para ler e reler.
Um abraço
Olinda
Achei o seu comentário muito sensato, afinal, chegamos a um ponto da vida em que percebemos quase tudo.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço.
Boa tarde Luis,
ResponderEliminarUm poema muito belo.
Tudo envelhece. Só o amor permanece intacto.
Beijinhos,
Emília
Tudo acaba ou desfalece se não for cuidado.
EliminarUm abraço.