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Abre-se a porta para o nada
e o nada é tudo o que se tem
um vulto caminha
devagar recolhendo minutos
como se fosse o inventor do tempo
um equívoco 
entre a noite e o dia
onde afinal nada existe
o vulto dilui-se na própria sombra 
que se projecta no chão passo a passo
consumindo os minutos
antes que não seja dia nem noite.


 


16 comentários:

  1. Aquela fronteira invisível...onde tudo pode começar e/ou terminar....nas sombras ou na luz....
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. Magnífico poema, gostei imenso.
    Boa semana caro Luís.
    Um abraço.

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  3. Equívocos entre o que queremos e o que conseguimos ter.
    Tudo de bom meu Amigo Luís.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  4. Respostas
    1. Vivemos um momento de dúvida, cepticismo e decadência de valores.

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  5. Acredito que, “o nada é tudo o que se tem”.
    E que disso teremos certeza quando sentirmos que nos está a acabar o tempo.
    Poema triste, para reflexão.
    Beijo, Luís. Uma boa semana, sem equívocos.

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    Respostas
    1. A consciência da realidade assalta-nos de vez em quando.

      Boa semana.
      Um abraço.

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  6. Entre las tinieblas y la luz, solamente hay un paso.
    Un abrazo.

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  7. Teresa Palmira HOFFBAUER11 de novembro de 2024 às 22:18

    “Um dia em que se recorda uma perda.”

    Somente neste momento compreendi a que perda se refere.
    O poema tem agora uma outra interpretação.
    Um nó do luto ainda por desatar.

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  8. Um poema muito sentido!
    Um dia ao abrir a porta temos tudo.
    Um dia ao abrir a porta temos nada.
    E é triste quando isso nos acontece.
    Deixo um abraço.
    :(

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