Foto do autor do texto tomada do documentário VIDA SELVAGEM



Fiquei para além de todos
tive a ousadia de lhes sobreviver
mostrando-me como se me escondesse
fiquei aqui como penitência 
por ter ficado para além de todos.




16 comentários:

  1. Leio uma profunda luta interna e um sentimento de sobrevivência. O poeta lida com a dor da perda e a solidão, ao mesmo tempo em que busca um sentido para a sua existência. A ideia de "penitência" sugere que há um peso emocional significativo, talvez relacionado a escolhas passadas ou à necessidade de se esconder. É um testemunho poderoso sobre a resiliência humana e a complexidade das emoções que surgem em momentos difíceis.

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    1. Sou sensível ao que diz, no entanto, não confirmo nem desminto dado que não é um texto confessional.
      Muito Obrigado.

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    2. Entendo perfeitamente. A sensibilidade em relação às palavras e aos sentimentos é algo muito humano. É importante respeitar o espaço de cada um e reconhecer que nem sempre precisamos rotular ou confirmar as nossas emoções.

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  2. Há decisões na vida que são complicadas, que nos fazem parar... ficamos com a vida em suspenso...é a incerteza de tudo...
    Mas talvez a decisão já esteja tomada e estejamos apenas a polir as últimas arestas...
    Beijos e abraços
    Marta

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    1. Há decisões a germinar mas que, por uma razão ou por outra, nunca dão flor.
      Um abraço.

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  3. Ter a ousadia de sobreviver, mesmo que isso lhe pareça uma penitência que a vida lhe faz cumprir. E mostra-se como se escondesse. Enigmático, meu Amigo Luís.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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    1. Vamos ficando e os nossos próximos estão indo para outro lugar.
      Boa semana.
      Um abraço.

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  4. Às vezes é preferível não acompanhar a manada...
    Boa semana caro Luís.
    Um abraço.

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    1. Tem toda a razão, o melhor é ficarmos em segurança.
      Boa semana.
      Um abraço.

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  5. Protegido entre os pares é sempre a melhor solução.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

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    1. Será assim se ficarem quietos, nada de novos caminhos desconhecidos.
      Um abraço também.

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  6. Perante este teu poema e sendo eu quem sou e não seideixar de o ser comento com um dos meus "espelhos":

    Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
    Ninguém me peça definições!
    Ninguém me diga: “vem por aqui”!
    A minha vida é um vendaval que se soltou.
    É uma onda que se alevantou.
    É um átomo a mais que se animou…
    Não sei para onde vou,
    Não sei para onde vou
    —Sei que não vou por aí!

    José Régio

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    1. Esse poema de José Régio é um grande poema que a literatura portuguesa tem sempre de incluir em qualquer antologia.
      Um abraço.

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  7. Se tivéssemos a longevidade dos elefantes, queríamos mais...
    Para refletir...
    Um abraço
    ~~~~

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    1. Acredito que sim, o perigo seria se quisessem serrar-nos os dentes (é uma piada).
      Um abraço.

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