Foto do autor do texto
Da minha estante caempalavras e letras em cascatacaem as palavras erradas ou entãoé a escolha das palavras magníficasque quando tocam o chão se diluemcom um ligeiro fogachode todas sobra uma ou outra luminosadesse mistério da falaque copio com o meu lápisescondido entre um tronco de cedroreparo entãoque se constroi uma poesiacom palavras ao acasosendo que o primeiro versoO pão que se come nas trevasabriu o meu ser sentimentalcomo um arado a lavrar a terra secaapago a luze fico a ver o borbulhar luminosodas palavras sem poesia.
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Gosto quando escreve versos absurdos que me levam
ResponderEliminara pensar em quão absurda e sem nexo é a vida. Entre
uma palavra e outra, diluída que seja, consegue-se
sentir a chuva de sentimento ilógico que envolve
este mundo.
Bela fotografia.
Abraço
Olinda
Gostei muito do seu comentário no que diz respeito aos versos absurdos, por vezes eles exprimem melhor o que se sente e realçam a importância de momentos sem importância.
EliminarMuito Obrigado.
Um abraço.
Mesmo no absurdo escreve-se poesia... Porque a vida pode ser absurda, ridícula...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
A vida é absurda... sem explicação.
EliminarUm abraço.
Es que a veces en lo absurdo también hay poesía...
ResponderEliminarTe espero con nueva entrada en mi blog.
Un abrazo
El absurdo es un campo vasto para la poesía.
EliminarSoy un visitante de tu blog y estaré allí hoy.
Un abrazo.
abriu o meu ser sentimental
ResponderEliminarcomo um arado a lavrar a terra seca
apago a luz
e fico a ver o borbulhar luminoso
das palavras sem poesia.
isto é o terminar em beleza de um texto delicioso
parabéns e obrigado
Um abraço
Caro Zaratustra, fico reconhecido pelo seu comentário, é um grande incentivo.
EliminarUm abraço.
não concordo.
ResponderEliminartodas as palavras tem poesia.
(nem que seja para o Poeta)
para os demais são palavras e quicá para os mais atentos, será poesia...
Estou de acordo.
EliminarBoa tarde Caro Poeta/Pintor
ResponderEliminarNeste poema, as palavras ganham corpo e leveza , caem da estante como se fossem folhas de uma árvore secreta.
Há uma rendição ao acaso luminoso da inspiração, e é nesse gesto de recolha, quase ritual, que nasce a poesia. O verso inaugural, “O pão que se come nas trevas”, abre uma clareira sensível e funda, onde o leitor é também lavrado.
No escuro final, as palavras que não chegaram a ser poema continuam a brilhar. Um belíssimo exercício de escuta interior.
A foto muito ao meu estilo, gosto muito de fazer fotos assim!
Deixo um abraço carinhoso
:)
O seu comentário é muito esclarecedor para o autor que, quando escreve, não consegue fazer uma análise tão consciente.
EliminarAs fotos descontroladas, por vezes, têm resultados surpreendentes.
Um abraço