Imagem de Artguru


Releio
reescrevo
reedito
os meus poemas
revejo
reconsidero
revivo
a minha vida
é raro rever o rasto
que a razão rasurou 
raízes 
rancores
recordações ruins 
rasgo-as rente
para que não renasçam

retomo a vida e a poesia
como um refresco de romã. 




16 comentários:

  1. Bom dia Poeta,
    Magnífico poema em que o poeta se revela na sua essência podando a vida como se fosse uma flor.
    O final é simplesmente arrebatador.
    Beijinhos e bom domingo.
    Emília

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A poesia embora quase inútil... vale a pena.
      BOM domingo.
      Um abraço.

      Eliminar
  2. Bom dia
    Um refresco rico destes logo pela manhã, até revigora a gente.

    JR

    ResponderEliminar
  3. A vida é exactamente... reviver, relançar , reescrever...no momento...
    É ser-se simples....
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  4. Todos os dias acordo contente por ainda por cá andar, ainda que feita num oito... Brindo a esse seu refresco de romã.

    Um abraço, L.

    ResponderEliminar
  5. Retomar a vida é como um regresso ao fogo morno da manhã: reacender-se pouco a pouco. A poesia surge então, fresca, como um refresco de romã — vermelha, vibrante, suculenta de sentidos. Cada fruto aberto é um verbo que explode em corações, cada semente uma lembrança que cai no peito e faz nascer novo sabor de existir. O passado descansa, o presente ardente, o futuro sorridente: tudo se mescla na dança lenta das pylâdas do tempo. Que a vida volte a ser poema, e o poema, vida que cabe um gole de refresco de romã.

    ResponderEliminar
  6. É mesmo um néctar de vida, beba devarinho e saboreie. Um abraço

    ResponderEliminar
  7. é isso a vida,
    e a poesia não é inútil.
    bom domingo ...

    ResponderEliminar
  8. Neste poema, sinto o gesto de renascimento que só a escrita permite.
    O autor transforma o ato de revisitar o passado, com as suas feridas, raízes e rancores, num ritual de depuração.
    As repetições de “re-” desenham o movimento contínuo entre a memória e o esquecimento, entre o rasurar e o refazer.
    Cada verbo é uma etapa dessa reconstrução interior, até culminar na imagem fresca e simbólica do “refresco de romã” que encerra o poema com sabor de renovação e beleza.
    Um texto de rara lucidez poética, onde a palavra se torna gesto de libertação e reconciliação consigo mesmo.
    A foto está em total sintonia.
    Boa semana com saúde e em paz.
    :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Admiro os seus textos interpretativos, fico sempre a rever os meus escritos e a descobrir as suas descobertas.
      Muito Obrigado.
      Um abraço.

      Eliminar