Todas as noites a raposa
vinha dormir a troco de alimento
encostada à cancela do meu jardim
nas traseiras da casa que dá para o bosque
chamámos-lhe Nina como a raposa
que Theodor Kallifatides refere no seu livro
um dia montaram uma cerca
em toda a parte do bosque que confluía
com as traseiras das casas
os meus filhos pequenos
passaram essa noite inteira acordados
à espera da chegada da Nina
nunca mais veio
passaram vinte anos
e em cada visita que os meus filhos me fazem
perguntam-me sempre pela Nina.

Ela vem espreitar dentro das vossas memórias como um ser livre e selvagem que vos lembra que a natureza tem que ser amada e protegida. Bom domingo
ResponderEliminarSim, pode ter sido uma mensagem.
EliminarUm abraço.
Memórias felizes... todos devemos viver livres e protegidos...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Os seres que habitam este nosso mundo.
EliminarUm abraço.
Gostei destas memórias felizes e do vídeo e foto!
ResponderEliminarBeijos e um bom domingo!
A natureza nossa amiga.
EliminarBom domingo.
Um abraço.
Poético e melancólico — a memória da Nina persiste nos olhos das crianças e adultos.
ResponderEliminarE verdadeiro embora ficcionado no final.
EliminarSempre que se erguem muros
ResponderEliminarsão os jovens
os que mais sofrem
e interrogam
(até deixarem de interrogar...)
A ver se nos jovens germinou a semente de Abril.
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