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Visita guiada
Esfreguemos o nosso nariz na pedra
das grutas de Altamira
tomemos nota de como faíscam os nossos pensamentos
naquela escuridão
imaginemos como caminhavam outrora as ideias
tomemos notas
vejamos como os nossos primitivos
viviam avançando à nossa frente
homens e mulheres precursores de Picasso
tomemos notas, muitas notas.
Depois
mandemos vir umas pizas
que comeremos com as mãos.
Picasso até como modelo na poesia
ResponderEliminarGostei
Picasso é inspirador.
EliminarPerdão!... Esfreguemos, não! Não serei eu que esfregarei o meu nariz nessas paredes, nem noutras quaisquer.
ResponderEliminarFiguras rupestres, tenho-as mais perto e sem ser às escuras.
Desta vez não irei cometer o sacrilégio de me pôr a escalpelizar todas as palavras do autor, apenas o quero parabenizar pela excelente junção entre os "Touros" de Picasso e as gravuras (taurinas) que se encontram nas paredes das grutas de Altamira.
Deixo uma pergunta: Será que é apenas no facto de, ainda hoje, saborearmos certos alimentos à mão, que nos assemelhamos aos nossos antepassados distantes?
Penso que não. A prova tenho-a aqui e agora. Desenhar, em palavras, diariamente, o que lhe vai na alma e no pensamento, não deixa de ser um acto tão criativo e estóico, como esculpir figuras em pedra dura...
Um abraço e bom Domingo.
"esfregar o nariz em" é uma forma de dizer, muitas vezes esfregamos o nosso nariz nas montras das lojas e dos centros comerciais. Eu gostaria de ir a Altamira mas apenas podemos ver uma réplica dessas grutas, o que já não é mau. Gostei das suas reflexões sobre o texto é isso que dá algum sentido ao que aqui deixo diariamente.
EliminarBom domingo, obrigado, um abraço também.
Sabe uma coisa? Há mais de um ano que não coloco os pés num Centro Comercial e nem lhe sinto a falta.
EliminarObrigada!
FIQUEI SEM PALAVRAS, POR ISSO FUI BUSCAR UMAS QUE ENGENDREI/TECI HÁ MUITOS ANOS.
ResponderEliminarFORTE ABRAÇO, L.
HUMANA CONDIÇÃO
*
Humana lucidez, quem te procura
Nas calmas profundezas da razão?
Que antiga noite maga, sábia e escura
Renova a tua estranha condição?
*
Ao depores uma flor em Shanidar,
Que sonhos modulavam tua dor?
A Lucy, quem a soube consolar?
Que medos te assolavam no sol-pôr?
*
Em Stonehenge, quem te deu alento?
Machu Picchu, que sonho te inspirou?
Que chama arde nas grutas de Altamira?
*
Se tão sublime sopro de talento
Em Kéops e Gizé te abençoou,
A Arte é a razão da tua vida!
*
Maria João Brito de Sousa - 18.05.2008 - 12.04h
A Arte é a razão da minha vida, poderei dizer da nossa vida. Esse seu belo poema toca o fascínio que temos pelas práticas antigas dos homens, cheias de pureza estética.
EliminarMuito Obrigado, gostei muito.
Um abraço.
Mucha hemos progresado desde ese tiempo hasta ahora....no quiere decir con eso, que todo lo hayamos hecho bien.
ResponderEliminarBesos
Nuestros antepasados nos inspiraron. Un abrazo.
EliminarA imagem induz-me o quadro "Guernica" de Pablo Picasso. As palavras fazem-me pensar se a vida dura de outrora, apesar de tudo seria certamente mais feliz (?).
ResponderEliminarEncontrar a felicidade nas condições do nosso presente é uma tarefa que temos de tentar.
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