Farei longos poemas
enquanto te penteias
e como me inspiras
quando soltas estrelas
em cada gesto
digo-te
o meu lugar é no outono
respondes
irei contigo nos teus poemas
e partimos deslumbrados
com as estrelas e a poesia
ambos sabemos
que não voltaremos a encontrar-nos.

Gostei muito do poema. É lírico, com ritmo suave e imagens poéticas que evocam intimidade e passagem do tempo. A alternância entre “tu” e “eu” cria um diálogo sutil entre quem escreve e quem é inspiração, culminando numa aceitação melancólica de que talvez o encontro definitivo não se repita. Os versos finais trazem uma sensação de destino e despedida que reforça a beleza transitória do outono 🍂
ResponderEliminarHá momentos que valem por uma vida.
EliminarNo fim, tudo é transitório....mesmo as palavras....
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Há momentos que valem por uma vida.
EliminarUm abraço.
Também vou. Deslumbrada com as suas palavras e com o outono.
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo Luís.
Um beijo.
O Outono é poético, belo.
EliminarBoa semana.
Um abraço.
Também irei contigo mesmo às cegas mas apenas no Verão para me explicares este teu poema:)?
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
Não tem explicação é tudo do domínio do sensorial. Há momentos que valem por uma vida.
EliminarUm abraço.
Todos passamos pelo outono, até que o inverno chegue, implacável.
ResponderEliminarBoa semana.
Um abraço.
O Outono é nosso... o inverno também
EliminarBoa semana.
Um abraço.
vou... mas só no verão.
ResponderEliminaro outono ainda não chegou em mim...
Chegará um dia e é uma estação maravilhosa.
EliminarBoa tarde Caro Poeta/Pintor
ResponderEliminarEste é um poema de delicadeza lírica e quietude meditativa.
A cena inicial , alguém a pentear-se enquanto inspirou o Poeta para escrever.
Cria um momento íntimo, quase doméstico, que se transforma em algo etéreo com a imagem das “estrelas” a serem libertadas a cada gesto. É um belíssimo contraste entre o quotidiano e o mágico.
A resposta “o meu lugar é no outono” desloca a emoção para uma dimensão melancólica e temporal: o outono aqui é símbolo de maturidade, fim de ciclo, beleza crepuscular.
Depois, “irei contigo nos teus poemas” sugere um encontro que existe mais na palavra e na imaginação do que na vida concreta.
A viagem que se segue é poética e constelada, mas desde o princípio carregada da consciência da sua impossibilidade.
O último verso sela isso com sobriedade e verdade:
“ambos sabemos
que não voltaremos a encontrar-nos.”
É um adeus que já estava anunciado no olhar inicial.
O poema capta lindamente esse instante luminoso-triste, em que duas almas se tocam por um momento e depois seguem, sabendo que foi único.
Parece um fragmento de memória querida, com o toque melancólico do que foi belo e breve. O poema tem aquela sensibilidade Autor: ternura com rugas de tempo.
Trabalho de grande talento de que gostei muito embora o tom melancólico.
Boa semana com saúde.
:)
O seu comentário é perfeito. Como sempre, fiquei encantado com tudo o que escreveu.
EliminarUm abraço.
Muita saudade daqui .
ResponderEliminar_encontro um lindo poema, estilo particular seu. Um céu inspirador .
Estou retornando aos meus ... com abraços e encontrar-se pode ser uma causalidade., não ?
beijo, L
A nossa vida está cheia de encontros e de desencontros.
EliminarUm abraço.